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Location: Rabarrabos, Coimbra, Portugal

Monday, August 14, 2006

Com'on baby, smoth my fire!

Eram 13h e 36 minutos estava eu a ver o site Ohares.com, nomeadamente uma foto fantástica (ou horrível) de um homem, no meio de uma área onde tinha passado fogo há minutos, a dar água e a molhar o pêlo a um cão.

Às 16h30, depois de uma visita no museu, fui para a estação arqueológica com duas senhoras para que visitassem o sítio. Nessa altura, já se via uma coluna de fumo que saia atrás da serra, na direcção de Chanca. Uma dessas senhoras estava realmente alarmada com o facto de o fogo nos poder apanhar ali também. Em princípio, ainda demoraria a chegar até nós. Descansei-a. Mas a meio da visita a outra repara que há labaredas já a meia-encosta deste lado. O vento estava de sudoeste e fazia propagar o fogo mais rápido do que esperava. Esteve à beira de ameaçar a população da Ordem e mesmo a pars rustica, safou-se porque o dono de um terreno vizinho fez um rasgo na terra com uma escavadora para que as chamas não avançassem por aqueles campos fora, e então ali onde só há palha seca, tudo arderia rapidamente mas acabaria por pegar as oliveiras e nós sabemos que uma oliveira pode parecer bem e estar em brasa por dentro. Não sei o desfecho desta tragédia, porque não fiquei mais tempo.
Não sei como voltarei a ver aquela serra, ainda não passei no Rabaçal entretanto, volto lá 3ª-feira (amanhã) para trabalhar. No entanto, tenho quase a certeza que a serra verdejante, que todos os participantes nas escavações da Villa Romana admiram um mês por ano, onde andamos de bicicleta, onde apanhamos amoras, onde vemos o pôr-do-sol, onde sentimos o aroma das flores dos terrenos calcários, onde os ciprestes, as oliveiras e as vinhas relembram a paisagem romana e um deus passeando na brisa da tarde… Essa serra jamais será a mesma!

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